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De Manuel Bandeira
INTRODUÇÃO
Manuel Bandeira busca como inspiração o cotidiano brasileiro e esse cotidiano está na vida, na forma como os brasileiros a vivem e é isso que ele tenta levantar com essa poesia, na forma de exaltação, de sentimentos extremos ou na normalidade de vivê-los. Seguindo esse ponto de vista, dá-se início a análise do mesmo.
BACANAL
Observe a força do querer na primeira estrofe, ele já chega impondo a sua vontade e dizendo a que veio.
Quero beber! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco…
Evoé Baco!
Pois ele afirma que quer beber e cantar sem pensar no vai e vem que a bebedeira causa e quer i até o fim. Se embriagar e depois quebrar a garrafa e por fim brindar ao Deus do vinho, mesmo eu tendo certeza que a bebida que ele se refere é a cerveja e a cachaça, pois no brasil é o que mais se bebe. Assim ele introduz, à cultura ocidental atual, o culto ao Deus da idade antiga e dando início a orgia ele brinda a Baco (Dionísio).
Ele continua falando do início da sua aventura “Lá se me parte a alma levada” e usando de máscaras, assim não se tem nomes ou outras histórias que não daquele momento e é o momento que para ele importa. Ele está no meio da multidão dos mascarados e está feliz por ali se encontrar “No torvelim da mascarada, A gargalhar em douro assomo”.
Na terceira estrofe ele se concentra nas paixões do carnaval, no vislumbre que causam as serpentinas e não podemos nos esquecer que ele ainda está sobre o efeito do álcool.
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos…
Evoé Vênus!
Antes de brindar a deusa do amor carnal e da beleza, o autor, alerta sobre os amores do carnaval e fala dos resultados “Cobras de lívidos venenos…” ou seja, depois das cores do carnaval onde se entregam a paixão e todas as suas cores, vem a falta das mesmas quando chegam os resultados sem o brilho dos atos cometidos.
Mas sabendo dos resultados