Segurança no Brasil
O tema adquiriu tamanha relevância que, hoje, se fala de segurança pública com tanta propriedade que surgiram, nos últimos anos, vários especialistas na matéria, tal como os milhares de técnicos de futebol, a maioria com diagnósticos elaborados, muitas das vezes, sem qualquer base científica ou fonte segura para os números que são apresentados. Cite-se, como exemplo, o índice de reincidência criminal no Brasil, enunciado categoricamente pelo honrado Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, na semana passada, para a mídia nacional e internacional, como sendo de setenta por cento, percentual repetido por tagarelas de plantão, sem que, na verdade, jamais tenha sido elaborada qualquer pesquisa nesse sentido, fato que, além de servir de base falsa para a formulação de políticas públicas para o setor, constitui-se em forma perversa de discriminação daqueles que passaram pelo cárcere.
Mas se, de um lado, a (in)segurança pública causa fascínio no público e na mídia em geral, com discussões amplas e apaixonadas, do outro, os tais “especialistas” na matéria entraram em um círculo vicioso de repetição de velhas fórmulas ultrapassadas, obsoletas e inadequadas no enfrentamento de tão grave questão. “O crime