Brasil e a segurança nacional
Brasil e a segurança nacional
São Paulo, 4 de Dezembro de 2012
- Introdução
No contexto das constantes transformações de ordem geopolítica e também econômica, pós guerra-fria, os Estados em desenvolvimento, principalmente o brasileiro, representado toda uma vontade coletiva (nação), vêem-se obrigados a reestruturarem suas políticas de segurança internacional, a fim de conseguirem se inserir nesse novo contexto político-econômico internacional, garantindo assim a segurança e o interesse coletivo da nação, como mencionado porMohammed Ayoob, segurança é inseparavelmente interligada ao processo de formação do Estado (Statebuilding), sendo este o núcleo que determina a problemática da segurança dos Estados em desenvolvimento (Ayoob, 1992, 63-80 e 1994, 15-28). Ou seja, a segurança esta centrada no Estado, na formação deste.
A partir desse novo paradigma surgido pós-Guerra Fria, quando não mais as pautas das relações internacionais giram em torno do contexto EUA-URSS, mas sim com o enfoque na problemática regional de cada país, o Brasil adotou uma nova opção estratégica de politica externa para a segurança. Estratégia essa que prioriza o multilateralismo, tentando minimizar a influência dos Estados Unidos nas instituições sul-americanas. Também é importante ressaltar o objetivo do brasileiro de alcançar uma influência regional, criando alianças entre países latinos americanos e após disso promover uma inserção no contexto global a partir da sua ralação com a ONU e tratados internacionais.
Vide que a América Latina é uma área livre de conflitos, e ainda protegida pelo “guarda-chuva nuclear” norte-americana, se torna improvável uma ameaça externa ao Brasil, fazendo que o país se inserisse no contexto da segurança regional de forma desmilitarizada. Desta forma, o Brasil busca uma maior influência regional e global não através de uma corrida armamentista como outros países em desenvolvimento, mas sim