segurança do trabalho
Professor :Raoany
Curso TST
Aluna: Maria Luiza Francisca Amaral
Documentário Estamira
Trabalhando foi realizado há cerca de duas décadas em um aterro sanitário, situado em Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro, Estamira Gomes de Sousa é uma mulher de 63 anos, que sofre de distúrbios mentais. O local recebe mais de oito mil toneladas de lixo da cidade do Rio de Janeiro, diariamente, e é também sua moradia. Com seu discurso filosófico e poético, em meio a frases, muitas vezes, sem sentido, Estamira analisa questões de interesse global fala também com uma lucidez impressionante e permite que o espectador possa repensar a loucura de cada um, inclusive a dela, moradora e sobrevivente de um lixão. Estamira é considerada psicótica com seus delírios e alucinações que não podem ser considerados um discurso vazio. Seu delírio é uma ficção que aponta um movimento psíquico em busca de equilíbrio. Uma tentativa de ordenar o caos. Dar alguma forma ao que está fragmentado e desconexo. Estamira lança seu grito delirante numa tentativa de dar algum sentido a sua tragédia. Ela tem uma verdade pra anunciar que um simples diagnóstico não revela. O delírio é o seu grito. É preciso alguém capaz de escutar. Do ponto de vista subjetivo, Estamira identificou-se fortemente com o lixo. Além disso, sua história de vida foi marcada por uma função materna de simbiose, sem espaço para que a castração fosse comprida pela função paterna. Posteriormente, eventos e situações-limite, como a ocorrência de dois estupros, seguiram-se de experiência alucinatórias, relatadas por uma das filhas de Estamira no documentário. É possível notar um ego fragilizado também em questões que envolvem melancolia, como diz a personagem: “a minha depressão é imensa”.