segurança do trabalho
As duras condições em que se desenvolvia o trabalho nas fábricas e o desconhecimento legal de direitos elementares suscitaram entre os operários um sentimento de insatisfação e de descontentamento, que se manifestou de modo violento, quando determinadas circunstâncias tornaram ainda mais intoleráveis algumas situações de trabalho. Uma das primeiras queixas era contra a realidade do desemprego em consequência das frequentes crises industriais. Por isso, as primeiras manifestações operárias que conhecemos na revolução industrial são contra as máquinas, nas quais o operário via um competidor que favorecia a descida dos salários e provocava o desemprego.
É neste contexto que surgem as primeiras associações operárias que reclamavam a regulamentação dos salários de acordo com o preço do pão. No entanto, os patrões negaram--se e a estipulação dos salários continuou submetida à livre decisão patronal.
Na década de quarenta do século XIX os operários conseguiram importantes conquistas: em 1844 o horário de trabalho da mulher foi limitado a 12 horas; em 1847 o horário de trabalho de mulheres e crianças foi limitado a 10 horas. Na segunda metade do século XIX, houve uma ligeira melhoria das condições de trabalho, resultado do desenvolvimento das conversações entre operários, patrões e governantes.
A revolução industrial, ao transformar as condições materiais e humanas do trabalho, gerou uma série de problemas de trabalho em grande escala. O princípio da liberdade de trabalho, que aparentemente estabelecia a igualdade de patrões e operários, na prática favoreceu exclusivamente os primeiros, já que uns e outros não tinham as mesmas oportunidades. as leis puniam com a prisão ou outras sanções o operário que abandonassse o patrão; enquanto que os assalariados nem sequer tinham organismos que os representassem.
Em consequência, as condições de trabalho nas primeiras fábricas eram extremamente duras e penosas. Trabalhava-se de sol