segurança do doente

Princípios da cultura de segurança do doente Todos os dias, milhões de pessoas necessitam de cuidados médicos que permitem a manutenção ou a melhoria da sua qualidade de vida, a sua sobrevivência. No entanto existem acontecimentos que podem afetar a segurança do doente, tais como erros e eventos adversos, que podem levar à sua morte mesmo em situações clínicas consideradas estáveis e tratáveis. A ocorrência de erros nos sistemas de saúde afetam sobretudo os doentes, tanto a nível psicológico e/ou físico. Os seus familiares podem ser igualmente afetados, tal como toda a equipa médica envolvida no processo, uma vez que estes casos levam à desmoralização, à revolta e indignação de todos os envolvidos1. O principal objetivo de todos os sistemas de saúde é reduzir todos os eventos que afetam a segurança do doente e o interesse da comunidade cientifica neste campo acentua-se cada vez mais. Mas importantes questões se levantam em relação a esta vertente. Será apenas culpa da equipa médica a ocorrência destes acontecimentos? O que poderá melhorar todo o sistema de saúde para diminuir a ocorrência destes casos?
Com a evolução da tecnologia e consequentemente a evolução do conhecimento, os sistemas de saúde ganharam a capacidade de responder favoravelmente a casos clínicos complexos e que no passado se revelavam difíceis ou mesmo impossíveis de realizar. A evolução tecnológica permite, nos dias atuais, a realização de um diagnóstico efetivo e correto num curto espaço de tempo, bem como a realização de um tratamento adequado e eficaz. A resposta dada pelos sistemas de saúde a casos de carácter urgente também se tornou rápida e eficaz. Esta evolução permitiu salvar milhões de vidas e os atuais sistemas de saúde revelam-se como os principais influenciadores na melhoria qualidade de vida das populações. No entanto, os sistemas de saúde possuem características que não são, de todo, as mais favoráveis para garantir a totalidade da segurança do doente. Com a melhoria da