Segundos Amores
A Sociologia e o Amor
“O coração tem razões que a razão desconhece.”
O amor torna-se suscetível de ser objeto de uma análise sociológica uma vez que as relações afetivas são uma das dimensões das relações sociais.
O Amor evolui à medida que as sociedades se transformam consoante a pertença social. Esse sentimento não é vivido por todos da mesma forma, ele recompõe-se ao longo das experiencias vividas. Por um lado mantém uma dimensão mágica mas por outro mantém um caracter profundamente social.
Da exaltação amorosa… ao amor louco razoável
O amor surge atualmente como a única justificação possível das uniões e também como consequência direta o facto de as fragilizar, acabe o amor e logo se encara a desunião. Associada a ela, resta a preocupação de preservar as crianças e a inquietação associada à capacidade do novo conjugue de incarnar o papel de padrasto/madrasta. Paradoxo: favorecendo a instabilidade conjugal, a exaltação amorosa conduziria a experimentar uma certa moderação no amor. Por vezes o amor e a razão não têm outra escolha senão a de “conviverem”.
Segundos amores e recomposição familiar
A razão apenas surge na problemática amorosa se os parceiros não negarem a especificidade do processo de recomposição familiar. “Segundos amores” designa as relações amorosas ligando duas pessoas, em que pelo menos uma já é pai com filhos à sua guarda. “Amor” não inclui todas as relações afetivas que um homem e uma mulher podem vir a conhecer. Trata-se apenas dos amores que, projetando-se num certo futuro conjugal e familiar presidiram à formação de um casal e ainda o alimentam. Atualmente existe um aumento do número destas famílias, continuando estas a ser invisíveis no quotidiano, a sociedade não oferece apoios institucionalizados às famílias compostas, no seguimento de uma desunião com crianças da união anterior. Estes problemas trazem assim consequências nas crianças e dificuldades jurídicas e psicológicas. Existem 2 tipos de estratégias de