SEGUNDO TRATADO SOBRE O GOVERNO CIVIL: CERNE DO LIBERALISMO DE LOCKE
LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Tradução de Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. 3º edição. São Paulo: Abril Cultural, 1983.
1 RESUMO DA OBRA
O autor, John Locke (1632-1704), foi um grande filósofo inglês e propulsor do liberalismo. Locke se insere de modo mais claro e audaz na história exatamente em um dos períodos mais conturbados da política inglesa, durante a chamada Revolução Gloriosa, na qual o Rei Jaime II foi deposto, fazendo ascender ao trono Guilherme de Orange.
Locke foi perseguido pelo governo do monarca Carlos II e procurou refúgio na Holanda, em 1683. Devido à liberdade de expressão holandesa, pode trabalhar em questões de cunho liberais, publicando com certa frequência artigos em jornais e periódicos. Retornou à Inglaterra em 1683, devido à ascensão do Rei Guilherme III, como já mencionado, o que possibilitou a divulgação de suas ideias. Em meados de 1689, Locke publicou o “Primeiro tratado sobre o Governo Civil”, no qual combate a tese de Sir. Robert Filmer (1588-1653), apresentada através de sua obra “O Patriarca”.
O “Segundo Tratado sobre o Governo Civil”, a obra em análise, expõe sua teria sobre o contrato social e defende o liberalismo, como forma de ‘ativação’ política social no âmbito das decisões importantes da sociedade.
A obra divide-se em dezenove capítulos, nos quais o autor disserta com veemência aspectos da política moderna, buscando através da terminologia auxiliar o leitor quanto à compreensão do ordenamento social em uma sociedade organizada segundo o liberalismo.
2 CRÍTICA DA RESENHISTA
Em toda a obra, o autor reforça as características do liberalismo defendidas na obra precedente, nomeada como “Primeiro tratado sobre o Governo Civil”. Já no primeiro capítulo, não nomeado, Locke torna a contrapor-se aos ideais absolutistas, tendo como base os preceitos divinos, de Sir Robert Filmer.
Assim, define que poder político consiste na autoridade