Segunda Gera O Modernista
Recebendo como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do Modernismo brasileiro se estende de 1930 a 1945.
Período extremamente rico tanto em termos de produção poética quanto de prosa reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, incorporando preocupações relativas ao destino dos homens e ao "estar-no-mundo".
O ano de 1930, marco do início do segundo momento modernista, trouxe à luz livros memoráveis: Carlos Drummond de Andrade estreou com Alguma poesia, Mário de Andrade publicou Remate de males e Manuel Bandeira, Libertinagem. Também Murilo Mendes e Vinicius de Moraes estrearam em livro. Essas obras abrigaram do ponto de vista ideológico, tanto concepções mais engajadas (denúncia da exploração de operários e camponeses, por exemplo) como posições mais conservadoras (literatura espiritualista, essencialista e metafísica). Já do ponto de vista formal, observam-se tanto experiências estéticas radicais quanto posturas mais convencionais, como o uso de formas fixas, em especial soneto.
Carlos Drummond de Andrade: o lirismo na apreensão da realidade
Drummond foi redator e colaborador em vários jornais brasileiros e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da língua portuguesa. Além de escrever poesia, produziu crônicas e manteve um interessante correspondência com outros escritores, como Mário de Andrade.
Um dos temas recorrentes de sua poesia é a reflexão sobre a função do poeta, como é possível observar no texto “Mãos Dadas”.
Tendo escrito algumas de suas obras fundamentais entre as décadas de 1930 e 1950, Drummond focalizou as várias faces de um Brasil que participava das transformações getulistas, espantava-se com as