A PROSA NA SEGUNDA FASE DO MODERNISMO
A segunda fase do Modernismo é formada por autores preocupados com o caráter social de suas obras. Influenciados pelas mudanças causadas pela revolução de 30 e pela crise de 29, esses escritores se tornaram mais engajados e preocupados com os problemas sociais vividos pelo povo brasileiro. Portanto, nesse período, o romance é um retrato da realidade brasileira.
Durante 1930 e 1945, o regionalismo ganha destaque dos autores, pois facilita essa retratação do povo brasileiro e ajuda a intensificar a relação entre os personagens e o meio onde vivem. O nordeste foi uma das regiões mais exploradas nos romances da época tendo seus engenhos e a seca retratados.
Entre os mais importantes autores do período estão José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e Érico Veríssimo. Esses escritores e algumas de suas obras serão mencionados em outra seção do trabalho, bem como sua relação com o contexto da segunda fase modernista.
A 2ª Fase Modernista e seu caráter social___________________________________
A segunda fase do Modernismo, que vai de 1930 a 1945, é marcada por imensas transformações nos âmbitos político, econômico e cultural. A década de 30 começa sob o forte impacto da crise iniciada com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929, seguida pelo colapso do sistema financeiro internacional: a Grande Depressão, que gera a falência de bancos, altíssimo índice de desemprego, fome e miséria generalizadas.
Ao mesmo tempo, a depressão leva ao agravamento das questões sociais e ao avanço dos partidos socialistas e comunistas, provocando choques ideológicos com as burguesias nacionais, que passam a apoiar um Estado ultraconservador, que adote uma postura anticomunista, o que culmina no surgimento do nazifascismo e, mais tarde, no início da Segunda Guerra Mundial.
No Brasil, a Era Vargas se inicia com o apoio da burguesia industrial à Revolução de 30. O chamado Estado Novo foi um longo