Segunda Divisão Internacional do Trabalho
Passadas duas guerras mundiais e a grande Depressão de 1929, a Inglaterra vê seu posto de potência hegemônica em condição bastante fragilizada. Os Estados Unidos, até então não demonstrava interesses em assumir essa posição inglesa, somente após o segundo período pós-guerra, em um contexto internacional totalmente distinto, que esta nação vem a incorporar o título de nação hegemônica. Para promover um maior entendimento do que se passava no cenário mundial, deve-se considerar que difundido pela Revolução Russa de 1917, toma força um modo de produção diferente do capitalista. Ocorrendo então, o desenvolvimento de atividades anti-sistêmicas, algo que não era visto nas relações internacionais que prevaleciam até o momento, onde somente era percebido o desenvolvimento pró-sistêmico. O quadro de bipolaridade que se encontrava o sistema internacional, marcado fortemente pela Guerra Fria, acabou por influenciar positivamente no segundo pós-guerra, a reestruturação da Europa e Japão, e impulsionou uma reformulação do próprio centro capitalista mundial, promovendo o desenvolvimento de um bloco de países semi-periféricos, estando estes também divididos em engajamentos anti-sistêmicos e pró-sistêmicos. O intervalo temporal de 1947 a 1989, foi caracterizado por uma coexistência dos países dos blocos capitalista e socialista, porém apesar do equilíbrio aparente, o que predominou neste período foi o estado de fortes tensões e complexidade, que favoreceu em partes o aprofundamento do regime socialista soviético. É válido ressaltar, que na estratégia pró-sistêmica, havia o processo de parcial industrialização das nações semi-periféricas e a promoção de uma fase de descolonização, gerando a independência de países como: Indonésia, Filipinas, Índia, Coréia, Zaire, Marrocos, Guiné-Bissau, entre outros. Entende-se então, que a conjuntura internacional que era vivida neste período, acarretou uma Segunda Divisão