Seduc
Com o crescimento das pressões humanas sobre o meio ambiente e a interferência direta na qualidade de vida dos povos, sobretudo a partir da década de 50 do século XX, cresce um movimento social de abrangência ambientalista. Os movimentos ambientalistas surgiram da crescente consciência social de que, em vez de vida e bem-estar social superiores e apesar de vários benefícios, a industrialização, baseada na ciência e nas tecnologias modernas, provoca doenças e desastres ecológicos, podendo, inclusive, inviabilizar a vida no planeta, pois degrada e polui o meio ambiente. Ao habitar e utilizar o ambiente natural, todos os seres humanos o alteraram. Como conseqüência do crescente legitimação da temática ambiental diferentes segmentos da sociedade, incorparam e reelaboram, em diferentes ritmos e graus, o ideário ambientalista. De acordo com Viola (1990), este processo de "ecologização da sociedade" é uma tendência histórica da sociedade ocidental e nenhum país estará imune a ele, embora a evolução da consciência ambiental dependa das particularidades de cada país. Dentro deste processo, até a década de 50 as preocupações ambientais estavam restritas aos meios científicos, tanto em sua vertente preservacionista quanto, mais tarde sua vertente conservacionista. As preocupações estavam, portanto, voltadas para a preservação das espécies e do meio natural. Enquanto isso, o questionamento da ordem social e política estava por conta dos movimentos socialistas e operários. A partir da década de 60 emergem, com a contra-cultura, uma série de movimentos sociais trazendo, não só a crítica ao modelo dominante de produção, mas também ao modo de vida. Surgem, então, os movimentos das mulheres, dos negros, dos homossexuais, dos pacifistas e, entre eles, os movimentos ecologistas. Novos