seculo das luzes
O iluminismo é um período muito rico em reflexões pedagógicas. Um de seus aspectos marcantes está na pedagogia política, centrada no esforço para tornar a escola leiga e função do Estado. Apesar dos projetos de estender a educação a todos os cidadãos, prevalece a diferença de ensino, ou seja, uma escola para o povo e outra para a burguesia. Essa dualidade era aceita com grande tranquilidade, sem o temor de ferir o preceito de igualdade, tão caro aos ideais revolucionários. Afinal, para a doutrina liberal, o talento e a capacidade não são iguais, e, portanto os homens não são iguais em riqueza.
"O Iluminismo é a saída dos homens do estado de minoridade devido a eles mesmos. Minoridade é a incapacidade de utilizar o próprio intelecto sem a orientação de outro. Essa minoridade será devida a eles mesmos se não for causada por deficiência intelectual, mas por falta de decisão e coragem para utilizar o intelecto como guia. 'Sapere aude!' 'Ouse usar seu intelecto!' é o lema do Iluminismo."
Assim o filósofo alemão Immanuel Kant(1724-1804) definiu esse movimento filosófico que se estendeu das últimas décadas do século 17 aos últimos decênios do século 18, em especial na França, Inglaterra, Escócia e Alemanha, embora sua influência tenha se expandido até o Novo Mundo.
As luzes da razão
Essa linha filosófica se caracteriza pelo empenho em estender a razão como crítica e guia a todos os campos da experiência humana. Nesse sentido, ela pretende levar as luzes da razão às trevas da ignorância e do obscurantismo e compreende três aspectos diversos, mas relacionados entre si:
Extensão da crítica a toda e qualquer crença e conhecimento sem exceção;
Realização de um conhecimento que, por estar aberto à crítica, inclua e organize os instrumentos de sua própria correção;
Uso efetivo do conhecimento assim atingido com o fim de melhorar a vida privada e social dos homens.
Fé na razão
Se por um lado o