sociedades de controle
UMA REPRESENTAÇÃO FICCIONAL
LEILA B. RIBEIRO∗ leilabribeiro@unirio.br VALÉRIA C. L. WILKE∗( valwilke@terra.com.br CARMEN I. C. OLIVEIRA∗(( irenecor@brfree.com.br JULIA L. LIMA∗((( jlemosl@globo.com TERESA C. P. OLIVEIRA∗(((( teresapaletta@hotmail.com WAGNER M. F. DAMASCENO∗((((( wagnermiqueias@ig.com.br Resumo: No biopoder, que constitui o novo paradigma de poder vigente na sociedade do controle, o corpo social tende a ser totalmente engolido pela máquina do poder que se manifesta e se estende pelas consciências e pelos corpos dos indivíduos, fazendo uso de todo o aparato das novas tecnologias de informação e comunicação. Estas constituem, segundo muitos teóricos, o cerne da sociedade da informação e/ou sociedade do conhecimento e também mediatizam as trocas materiais sociais e simbólicas, desde a produção da informação, passando pelos processamentos de tratamento até os seus diversos usos e fluxos. Ambiguamente, as NTICs que viabilizam o controle, também podem possibilitar “pontos de fuga” ao indivíduo, quando este compreende a dinâmica de funcionamento deste sistema e sua lógica informacional. As investigações empreendidas em nosso projeto institucional de pesquisa, no campo da informação, memória e texto fílmico, focalizam as temáticas relacionadas à construção de representações ligadas a estes conceitos. Dessa forma, a problematização de questões ligadas às novas tecnologias e à informação toma forma na análise fílmica de textos que são representativos de temas, tais como: biopoder, sociedade do controle, sociedade da informação, usos e abusos das tecnologias. Exemplar é o trabalho realizado com o filme Inimigo do Estado (Enemy of the State, 1998), no qual temos uma “projeção antecipada” do controle associado ao poder do Estado (segurança nacional norte-americana), via tecnologias, que é enfrentado de forma eficaz quando o acesso à informação consubstancia-se em conhecimento.