Secre Es Fisiologia
A secreção diária da saliva normalmente é de 800 a 1.500 mililitros, com um valor médio de 1.000 mililitros.
Segundo Guyton as principais glândulas da salivação são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais; mas, além disso, existem outras numerosas e pequenas glândulas orais. As glândulas parótidas secretam exclusivamente o tipo seroso, enquanto as glândulas submandibulares e sublinguais secretam tanto o tipo seroso quanto o mucoso. As glândulas orais secretam apenas muco. A saliva tem PH situado entre 6,0 e 7.4, ou seja, a faixa favorável para a ação digestiva da ptialina. O mesmo classifica a saliva em dois tipos principais de secreção protéica:
A secreção serosa, contendo ptialina (uma a-amilase), que é uma enzima para a digestão dos amidos.
A secreção mucosa, contendo mucina, com função lubrificante. (Guyton, p.619).
Secreção de íons na saliva
A saliva contém grandes quantidades de íons potássio e bicarbonato. Porém, são menores as concentrações de íons sódio e cloreto na saliva do que no plasma. A partir da descrição do mecanismo relativo à secreção de saliva, pode-se compreender melhor.
Para Guyton, a secreção salivar é uma operação em dois estágios: o primeiro envolve os ácinos, e o segundo, os dutos salivares.
Os ácinos secretam a secreção primária que contém ptialina e mucina em solução de íons cuja concentração não difere muito das observadas no líquido extracelular típico. Mas à medida que a secreção primária flui pelos dutos, ocorrem dois grandes processos de transporte ativo, que modificam acentuadamente a composição iônica da saliva.
Em primeiro lugar, os íons sódio são ativamente reabsorvidos dos dutos salivares, enquanto os íons potássio sofrem secreção ativa, porem com menor velocidade, em troca de sódio. Consequentemente a concentração de sódio da saliva fica muito reduzida, enquanto a concentração de íons potássio aumenta. O excesso de absorção de sódio em relação à secreção de potássio cria negatividade de cerca