Secador
2. Secagem Convectiva Contínua A secagem convectiva contínua consiste no contato de um material úmido com um escoamento gasoso relativamente quente. O calor requerido para a remoção da umidade é fornecido pelo resfriamento do gás ao entrar em contato com o material sólido. O gás é também utilizado como meio transportador da umidade removida do sólido. Os secadores convectivos podem ser divididos em três classes: 1. secadores nos quais todo o produto é entranhado por uma corrente de gás (ex: flash, spray-dryer); 2. secadores nos quais parte do produto é entranhada pelo gás que escoa (ex: leito fluidizado, rotativo direto); e 3. secadores nos quais uma pequena (porém não desprezível) parte do produto é entranhada pelo gás (ex: esteira, bandejas). 2.1. Aspectos comuns entre os secadores 2.1.1. Modos de escoamento Os modos de escoamento comumente empregados em secadores convectivos contínuos são: 1. contra-corrente; 2. concorrente ou paralelo; 3. uma mistura de contra-corrente e paralelo; e 4. fluxo cruzado. O escoamento contra-corrente expõe o material seco à máxima temperatura do gás de secagem. Este modo de escoamento proporciona um teor de umidade final bastante baixo, criando, entretanto, o risco de superaquecimento do material processado. O escoamento paralelo expõe a alimentação à temperatura máxima do ar de secagem, conduzindo a uma taxa de secagem inicialmente elevada. A rápida taxa inicial de secagem ocorre basicamente à temperatura de saturação adiabática. Entretanto, uma remoção de umidade muito rápida pode danificar o produto (geração de tensões hidro-térmicas no material sólido). Os secadores rotativos podem acomodar os modos de escoamento contracorrente, paralelo e misto. O modo de escoamento não exerce forte influência na eficiência de operação, uma vez que a maior parte da secagem ocorre quando o sólido está à temperatura adiabática de saturação. 2.1.2.