Saúde
Devido a constante exposição e contato com o meio ambiente, a pele está particularmente propensa a abrigar microrganismos transitórios.
Tadavia, dispõe de uma microbiota residente constante e bem definida, modificada em diferentes regiões antômicas por secreções, uso de roupas ou proximidade de mucosas (boca, nariz e áreas perineais). Os microrganismos residentes predominantes da pele são os bacilos difteróides aeróbicos e aneróbios ( p. ex.corynebacterium, propionibacterium); estafilococos aeróbios não-hemolíticos (staphylococcus); bacilos gram-positivos, aeróbios e formadores de esporos ubíquos no ar, na água e no solo; estreptococos alfahemolíticos (streptococus viridans ) e enterococos (espécies de enterococcus); coliformes gram-negativos e acinobacter. Com frequeência, verifica-se a presença de fungus e leveduras nas pregas cutâneas; as micobactérias não patogênicas e álcool-ácido-resistentes ocorrem em regiões ricas em secreções sebáceas (genitália, ouvido externo ). Dentre os fatores que podem ser importantes na eliminação de microrganismos não residentes na pele estão o ph baixo, os ácidos graxos das secreções sebáceas e a presença de lisizima. Nem a sudorese profusa nem a lavagem eliminar ou modificar significativamente a microbiota residente normal. O número de microrganismos superficiais pode ser diminuído pela escovação vigorosa diária com sabão contendo hexaclorofeno ou outros desinfetantes ; apesar disso, a microbiota é rapidamente recumperada a partir das glândulas sebáceas e sudoríparas, mesmo quando o contato com outras regiões cutâneas ou com o meio ambiente é totalmente evitado. O uso de um curativo oclusivo na pele tende a resultar em acentuado aumento da população microbiana total e também pode produzir alterações qualitativas na microbiota. As bactérias anaeróbias e aeróbias quase sempre se unem para formar infecções sinérgicas (gangrena, fasciíte necrotizante, celulite)