saúde e doença
A concepção do processo de saúde/doença tendo como referência os determinantes sociais da saúde aponta para desafio em estabelecer uma hierarquia de determinações entre os fatores mais gerais de natureza social, econômica, política e as mediações através das quais esses fatores incidem sobre a situação de saúde de grupos e pessoas, já que a relação de determinação não é uma simples relação direta de causa-efeito. Para dar conta deste pressuposto, há que se buscar ajuda de conhecimento das diferentes disciplinas e o pressuposto do reconhecimento dos múltiplos saberes já não é suficiente. O processo envolvendo adoecimento e cura tem sido influenciado, através dos tempos, pelos paradigmas que regem a saúde e a doença. O renascimento com os miasmas, os determinantes do ambiente social e laboral, no século XVIII com a chegada das indústrias e, finalmente, no século XIX o avanço da microbiologia. Neste último, definiram-se as causas para as doenças, desde então, o aspecto biológico tem recebido destaque. É inegável a influência do positivismo, onde um “corpo saudável” representava e ainda pode representar ausência de qualquer doença. Saúde e doença não são estados ou condições estáveis, mas sim conceitos vitais, sujeitos a constante avaliação e mudança, definições mais flexíveis quer de saúde quer de doença consideram múltiplos aspectos causais da doença e da manutenção da saúde, tais como fatores psicológicos, sociais e biológicos. Contudo, apesar dos esforços para caracterizar estes conceitos, não existem definições universais. Por outro lado, e apesar de todos os avanços na pesquisa biomédica, o nosso sonho de atingirmos ou mantermos uma saúde física e mental permanece exatamente isso, um sonho que, além de tudo, vale a pena prosseguir face aos efeitos da doença nos indivíduos e na sociedade . Isto é, a presença ou ausência de doença é um problema pessoal e social,porque a capacidade individual para