Saude e doença
A seguinte resenha do capítulo V “O processo saúde-doença”, faz parte do livro: “Saúde: dialética do pensar do fazer” com a autoria de Rezende Ana Lúcia Magela. Neste capítulo, o autor aborda o binômio saúde-doença desde a definição destes conceitos até as manifestações históricas que os envolvem. O capítulo é dividido em subtítulos, sendo estes: “O conceito de saúde da Organização Mundial da Saúde”; “Marcos teóricos da epidemiologia”; “Saúde e desenvolvimento”; “A saúde em suas dimensões quantitativa e qualitativa” e “As ações de saúde preventivas e curativas”. O autor inicia o texto apresentando os conflitos na definição dos conceitos saúde e doença já que, via de regra, estes conceitos nascem de determinações emanadas das superestruturas sociais e repensados a nível intra-estrutural, em seguida, é dada a definição de saúde segundo a OMS: “saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de afecção ou doença”, e as teorias que buscam explicar a gênese das patologias: a teoria unicausal da doença; a teoria da multicausalidade da doença; a tríade ecológica de Leavell-Clark e o modelo da epidemiologia social. É realizada uma correlação entre saúde e desenvolvimento, mencionando o referencial teórico-coneitual do “modelo de causação circular cumulativa” explicando no “círculo vicioso de Myrdal” segundo o qual, a pobreza seria uma condição perpetuadora de baixa sanidade e a doença manteria a pobreza. É realiza uma consideração importante nesse contexto, ao definir a relevância deste “modelo de causação circular cumulativa” para uma análise da interveniência de fatores sociais na patogenia, considerando entretanto essa correlação como ingênua e simplista, visto que há muitas variáveis presentes para se realizar uma análise apenas de causa-efeito desses fenômenos. Outro ponto importante é a análise da saúde segundo as dimensões quantitativas e