Saúde pública
O trabalho apresentado baseia-se na analise de dados coletados entre 1995 e 2000, e avalia a infecção de crianças menores de 12 anos por parasitas intestinais. Os resultados demonstram o alto índice de contaminação parasitaria em crianças oriundas de famílias carentes com acesso precário a saneamento básico e a educação, com um índice de positividade de presença de parasitas de 62,3% dos casos analisados, e com destaque para a frequência de infecção por Giardialamblia com 19% dos casos seguida pelo Ascaris lumbricoides com 17%, sendo que a faixa etária que mais apresentou esse problema abrange crianças de 2 a 4 anos de idade. Foi citado ainda que a maior frequência de parasitoses verificadas nessa região, atingem aglomerados de famílias que dividem um mesmo terreno ou até a mesma casa onde não há abastecimento com água tratada, havendo também a identificação de crianças brincando próximo a lixo. Dos casos positivos, foi identificado um certo equilíbrio entre protozoários e helmintos, sendo os primeiros com 52,5% dos casos e o segundo com 47,5% dos casos. As áreas citadas como de maior risco, envolvem moradias precárias, aglomeração de famílias em uma mesma casa, esgoto a céu aberto, lixão clandestino, becos estreitos com escadarias que dificultam acesso de profissionais da limpeza, ausência de caçambas de coleta de lixo e consequente aglomeração deste em quintais, presença de animais peçonhentos, casas sem banheiros e presença de banheiros comunitários, ausência de educação sanitária.
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