Saúde Pública
Conceituar saúde é um problema que só surgiu há pouco tempo, e surgiu exatamente em razão das necessidades de planejar ações de saúde, individuais ou coletivas. Quando a sua fundação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) formulou o seguinte conceito: “ Saúde é o estado de mais completo bem estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de enfermidade”. Esse conceito entrou em vigor no dia 7 de abril de 1948, desde então esta é a data mundial da Saúde.
É provável que no passado, as pessoas se contentassem simplesmente com a ausência de enfermidade, com o fato de não estarem doentes. Xavier Bichat (1771-1802), médico francês, dizia que a saúde é o “silêncio dos órgãos”. Porque a doença se faz ouvir. Manifesta-se subjetiva – sintomas e objetivamente – sinais. Sinais e sintomas podem-se agrupar em conjuntos: síndromes.
Já o “estado de mais completo bem estar físico, mental e social” é um conceito que reflete expectativas mais recentes, mas foi rotulado como pouco operacional. Na pratica, quem cuida da saúde de grupos humanos procura sobretudo evitar danos objetivos a saúde: doenças, acidentes, etc. Isso não quer dizer que saúde e doença sejam entidades a parte, e não são, fazem parte de um continuum que é o processo de saúde-enfermidade.
As fases do processo saúde-enfermidade são:
Período pré-patogênico: os fatores da doença já podem estar presentes, antes que essa se manifeste.
Período patogênico: a doença propriamente dita.
Em cada uma das fases do processo saúde-enfermidade é possível um tipo de intervenção. Desse modo, ao individuo sadio podem ser dirigidas medidas de prevenção primária: promoção de saúde (educação em saúde, saneamento básico, nutrição adequada) e proteção especifica contra doenças (vacinas).
Para que o processo educativo em saúde atinja a plenitude de seus objetivos é preciso percorrer vária etapas: a partir de um diálogo com a população, procura-se informar as pessoas, para que, informadas, adotem uma