Saúde na idade média
IDADE MÉDIA (500-150 d.c)
Salvador, BA
2013
A SAÚDE PÚBLICA NA IDADE MÉDIA (500-150 d.c)
A queda do Império Romano e a ascensão do regime feudal evidenciaram-se o declínio da cultura urbana e a decadência da organização e das práticas de saúde pública. Houve uma valorização de fatores espirituais no desencadeamento e cura de doenças, com pouco espaço para a higiene e a saúde pública. As instalações sanitárias tanto na sede como nas províncias do antigo Império foram destruídas ou arruinaram-se pela falta de manutenção e reparos. Enquanto que no Ocidente o desmembramento do sistema de governo e o declínio econômico fazia o Império entrar em decadência; no Oriente, em Bizâncio, onde as invasões bárbaras não chegaram a ameaçar tanto, foram mantidos aspectos das conquistas do mundo clássico e a herança da tradição médica greco-romana. Na idade média (500-1500 d.C.) a Igreja exerceu grande influência política, econômica, social e consequentemente na área da saúde. Com a sua expansão e o fortalecimento, a concepção grega de saúde-doença que predominava durante vários séculos, foi paulatinamente deixada de lado em favor de uma visão teológico-cristã que se refletiu, inclusive, na prática médica. Os cuidados com a saúde ficaram a cargo da igreja e dos sacerdotes se misturando com as práticas religiosas. Só nos monastérios persistiram práticas de higiene e cuidados com a saúde. Apesar disso, havia preocupações com distribuição de água não poluída em fontes e poços nas cidades. A limpeza das ruas e a disposição de lixo constituíam problemas graves. Esse período foi uma época de grandes epidemias e pestes que dizimaram grande parte da população. O cristianismo afirmava a existência de uma conexão entre a doença e o pecado. Como este mundo representava apenas uma passagem para purificação da alma, as doenças passaram a ser entendidas como castigo divino, expiação dos pecados ou possessão do demônio. Os doentes eram isolados. O