Gestão de risco em Radioterapia
Gonçalves Tavares, Ana Cláudia
Complementos de Gestão
APNOR (Associação de Politécnicos do Norte)
Porto, Portugal lau.tavares5mail.com Resumo: Este trabalho fala sobre o erro humano e a sua importância na área da Radioterapia. São descritos os possíveis riscos de ocorrência de erro deste tratamento e expostas algumas formas de os gerir, com vista a proteger o paciente e os profissionais.
Também é abordado o sistema ROSIS (do inglês, Radiation
Oncology Safety Information System) como ferramenta de comunicação entre hospitais.
Palavras-chave: Erro Humano; Radioterapia; Risco;
Gestão
I.
INTRODUÇÃO
Estima-se que 1 em cada 3 pessoas poderá vir a desenvolver cancro ao longo de toda a sua vida, sendo que a Radioterapia é uma das opções de tratamento mais viáveis. Vários estudos sugerem que para 52% dos pacientes com cancro a
Radioterapia seja uma das modalidades terapêuticas de eleição. (1, 2)
A Radioterapia é uma técnica que recorre a feixes de radiação ionizantes para o tratamento de lesões malignas ou benignas.
No tratamento de um tumor, uma dose pré-calculada com técnicas e equipamentos complexos é aplicada a um volume/ órgão alvo, com o intuito de irradiar e destruir as células tumorais, com o menor dano possível para as células normais envolventes, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada. De forma a conseguir atingir esse objectivo com maior ganho, verifica-se o desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas de planeamento, com vista obter uma administração de dose mais precisa. (1, 3-5)
Técnicas de tratamento mais específicas exigem o desenvolvimento de sistemas de controlo de qualidade que assegurem as novas necessidades, uma vez que esta complexidade/precisão leva a infinitas fontes e oportunidades de erros/riscos. Em qualquer sistema os erros são inevitáveis, mas é possível detectá-los e estudar a sua causa, de modo a que a sua frequência/danos sejam minimizados e