Saúde Mental: Reabilitar na Doença Mental
INTRODUÇÃO
Além da história do Ser Humano, foram feitas várias tentativas de compreensão e explicação das doenças mentais. Por mais crédulos, certos ou dogmáticos, os homens têm a companhia permanente das dúvidas, que vão no sentido de reconhecer as práticas clínicas e as melhores pesquisas disponíveis sobre a problemática das doenças mentais. Este trabalho centra-se, deste modo, na área da saúde mental, concretamente na reabilitação do doente mental e o papel desempenhado pelo psicólogo neste âmbito. Perante a especificidade da doença mental, para além da reabilitação é necessário ter uma visão do suporte social, necessidades psicossociais que envolvem toda esta problemática, assim como do sistema familiar no qual o doente mental se encontra inserido.
Actualmente, em Portugal, há uma falta de visão abrangente, no que diz respeito à saúde mental. É inexistente um sistema de indicadores de saúde que permita essa visão em Portugal e, "apesar da legislação publicada, existe ainda uma insatisfatória capacidade de intervenção, sobretudo ao nível da promoção da saúde mental, da articulação com os cuidados de saúde primários, da prestação de cuidados em saúde mental infantil e juvenil e dos idosos, assim como de certas áreas do interior do país" (DGS, 2002:132).
Em saúde mental há que ter uma visão compreensiva, "pois esta percorre transversalmente todos os problemas de saúde humana" (Ministério da Saúde, 2003:14). A saúde mental das crianças e adolescentes, assim como a dimensão e o impacto que os problemas de saúde mental acarretam, torna indispensável uma atitude preventiva, para que o problema não se transforme em perturbação psiquiátrica mais grave (Ministério da Saúde, 2003). Desta forma, é fundamental um melhor planeamento dos recursos, incluindo a formação dos profissionais, para os serviços de saúde mental, sendo necessária uma estratégia de intervenção intersectorial em diferentes níveis