Saúde da mulher
No Brasil, a saúde da mulher foi incorporada às Políticas Nacionais de Saúde nas primeiras décadas do século XX, sendo limitada nesse período às demandas relativas à gravidez e ao parto. Atualmente as mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%), e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), seja para o seu próprio atendimento ou acompanhando seus familiares.
De acordo com o IBGE, Sergipe possui uma população estimada de 2.000.768 habitantes, sendo 51% do sexo feminino e 49% do sexo masculino reunidos nos 75 municípios. Dos 75 municípios sergipanos, apenas dois deles registram uma população acima de 100 mil habitantes: Aracaju (505.287 habitantes) e Nossa Senhora do Socorro (179.058 habitantes); 76,7% (50 municípios) apresentam população menor de 20 mil habitantes e, destes, 51,9% (28 municípios) têm menos de 10.000 habitantes, segundo dados do IBGE/2006.
O padrão da população feminina por idade vem apresentando mudanças caracterizando aumento da esperança de vida ao nascer para 71 anos, segundo dados do Ministério da Saúde/2004, o que expressa que as mulheres sergipanas estão vivendo mais tempo requerendo um novo olhar sobre as Políticas de Saúde.
Em 1984, O Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), marcando uma ruptura conceitual com os princípios norteadores da política de saúde das mulheres e os critérios para eleição de prioridades neste campo.
O PAISM incorporou como princípios e diretrizes as propostas de descentralização, hierarquização e regionalização dos serviços, bem como a integralidade e a equidade da atenção, incluindo ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando a assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.
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