Novela lado a lado e a questão racial
Escolhi os textos de Robert Hertz e Oracy Nogueira por situar dentro da minha formação como pessoa pontos crucias a respeito das minhas observações dentro dos assuntos voltados para o preconceito racial.
Durante o período das aulas do curso de antropologia oferecido dentro do curso de produção cultural no IFRJ, me peguei observando cenas da novela Lado a Lado com um ar mais de observador, de estudioso do que com ar de curioso e/ou incomodado com a realidade preconceituosa que se instaura no Brasil, na qual a novela se concentrava ema retratar.
Através das problemáticas observadas nos dois parâmetros que observei, desenvolvi a hipótese de que ação gera reação dentro do contexto preconceito e parti para reunião de informações para pesquisa de campo; comecei com a observação das citações conceituais a respeito da novela que sistematizei ser algo atual, de fácil acesso á todos, e democrático, o que logo me foi desmentido.
A democratização foi logo por mim constatada como algo que não existia de fato, as cenas que me envolveram por apontar fortes pontos á serem observados não foram liberados pela Rede Globo de Televisão, fiquei eu a observar, a buscar as pessoas que se interessavam de alguma forma pela temática preconceito dentro da novela e assim através de uma observação pacifica e calada, não questionei, mas observei, os comportamentos virtuais de cada uma delas, algumas já havia convivido no período de formação durante o ensino médio outras apenas convivi virtualmente durante este tempo de pesquisa, fazendo da observação meu único instrumento de pesquisa de campo, contextualizando pra atual realidade virtual em que vivemos.
O horário das 18h é normalmente viabilizado para as novelas de época da TV Globo; a novela Lado a Lado é uma produção que se passa na Pedra do Sal no Rio de Janeiro e retrata a época do início do século XX, onde a cidade respira influências vindas da Europa, aqui acontecem transformações