saúde coletiva
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CÁRIE DENTÁRIA
4.1.1 Aspectos Conceituais e Epidemiológicos
No Brasil, quase 27% das crianças de 18 a 36 meses e 60% das crianças de 5 anos de idade apresentam pelo menos um dente decíduo com experiência de cárie. Na dentição permanente, quase 70% das crianças de 12 anos e cerca de 90% dos adolescentes de
15 a 19 anos apresentam pelo menos um dente permanente com experiência de cárie.
Entre adultos e idosos a situação é ainda mais grave: a média de dentes atacados pela cárie entre os adultos (35 a 44 anos) é de 20,1 dentes e 27,8 dentes na faixa etária de
65 a 74 anos. A análise destes dados aponta também para perdas dentárias progressivas e precoces: mais de 28% dos adultos e 75% dos idosos não possuem nenhum dente funcional em pelo menos uma arcada (BRASIL, 2003).
A lesão cariosa é considerada como manifestação clínica de uma infecção bacteriana.
A atividade metabólica das bactérias resulta em um contínuo processo de desmineralização e remineralização do tecido dentário, e o desequilíbrio nesse processo pode causar uma progressão da desmineralização do dente com conseqüente formação da lesão de cárie. Esse processo é influenciado por muitos fatores determinantes, o que faz da cárie dentária uma doença multifatorial.
Considera-se, hoje, que os estágios anteriores da doença antes da cavidade podem ser paralisados por ações de promoção à saúde e prevenção. Portanto, somente o tratamento restaurador da cavidade de cárie não garante o controle do processo da doença, sendo necessário intervir também sobre os seus determinantes para evitar novas cavidades e recidivas nas restaurações.
4.1.2 Principais Fatores de Risco
• Fatores culturais e sócio-econômicos.
• Falta de acesso ao flúor.
• Deficiente controle mecânico do biofilme (placa bacteriana).
• Consumo excessivo e freqüente de açúcar.
• Xerostomia.
4.1.3 Abordagem Coletiva
4.1.3.1 Ações de Vigilância sobre Risco e de Necessidades em Saúde Bucal:
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