SAÚDE COLETIVA E ENFERMAGEM - FORMAÇÃO
A Saúde Coletiva configura-se como uma crítica ao modelo médico-naturalista, incorporando as ciências humanas e sociais, para possibilitar maior abrangência do objeto da saúde (Matumoto, Mishima, Pinto, 2001). Para tornar realidade tais mudanças, é preciso que haja uma nova estruturação do processo de formação dos profissionais dessa área. Este estudo teve como objetivo descrever uma experiência de estágio em Saúde Coletiva do curso de graduação em Enfermagem.
A metodologia do estudo foi de abordagem qualitativa, do tipo descritiva, através de um relato de experiência de estágio de 4 alunas de uma Universidade privada, sob orientação de 1 professora, em uma policlínica da CAP 4. O relato de experiência se desenvolve quando há a interação entre o pesquisador e os membros das situações investigadas (Minayo, 2007). Foi possível entender como os hábitos de vida, as condições de moradia e saneamento básico interferem nos processos de saúde-doença. Concluiu-se que o estágio em Saúde Coletiva possibilita um processo de ensino-aprendizagem que viabilize a compreensão de saúde para além do aspecto biologicista, valorizando-se os hábitos, histórias de vida, valores, conhecimentos da população, na perspectiva da construção do vínculo, em uma abordagem que considere os indivíduos como atores sociais e a saúde como fruto de um processo complexo que envolve os aspectos biológicos, sociais, econômicos, espirituais e psicológicos.
Palavras-chave: Enfermagem; Saúde Coletiva; Formação
REFERÊNCIAS
Matumoto S, Mishima SM, Pinto IC. Saúde Coletiva: um desafio para a enfermagem. Cad Saúde Públ. 2001 jan/fev;17(1):233-41.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Abrasco; 2007.