Saussure e suas contribuições para a linguistica
A Lingüística, definida hoje como o estudo cientifico da linguagem, é “um saber muito antigo” – e uma ciência muito jovem”, segundo o Prof.º Mattoso Câmara ir. define a lingüística como “o estudo científico e desinteressado fenômenos lingüísticos”.
Na verdade, a lingüística só foi adquirir status de ciência a partir do sec. XIX, pois até então o que havia era o estudo assistemático e irregular dos fatos da linguagem de caráter puramente normativo ou prescritivo. Antes de se definir a si própria, a lingüística passou por três fases: 1ª fase – Filosófica (gregos) – Esta fase iniciou-se com os gregos (povos cultos e inteligentes), tendo profundas reflexões em torno da origem da linguagem, os quais se destacaram dois filósofos: Platão (429 – 347 a.C.) que achava que a língua era algo natural e Aristóteles (384 – 322 a.C) que acreditava que a língua era algo convencional surge daí os naturalistas e os convencionalistas, dando origem a duas correntes, os analogistas – língua sem exceções, cheias de regras e os anomalistas – línguas com exceções. Foi uma fase em que o ponto básico era “falar bem” e “escrever bem”. 2ª fase – Filológica – surge por volta do sec. II a. C. definindo-se com o estudo da tradução de textos. Os romanos copiaram a gramática dos gregos com algumas adaptações para o latim, sendo a fase mais extensa e sem grandes contribuições para o estudo da língua, se tornando uma fase limitada pelo fato de ater-se muito a língua escrita, deixando de lado a língua falada, contudo foi à fase que serviu de base para o surgimento da lingüística histórico-comparatista. 3ª fase – Histórico-comparatista – Nessa fase o foco era a ciência biológica e natural onde foi descoberto o sânscrito, revelando aí as relações de parentescos genéticos do latim, grego, persa e outros. A preocupação em saber como as línguas evoluem, marcou essa fase. Franz Bopp (1791 – 1867) é considerado o fundador da linguística-comparatista,