Saudi Menti 3
Durante todo o decorrer da historia, pouca importância foi dada com a questão
do “insano”. Na Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha na razão. Porém com o advento da Idade Moderna, é possível observar o surgimento de um novo ideal que consiste na exaltação da razão. É a partir deste ideal de racionalidade, que o louco acaba se tornando um sinal de contradição nestes meios, de modo que já não é tratado como um mero erro, mas como uma ameaça á razão. No inicio a contemporaneidade, novas ideias, teorias e instituições, reforçam este discurso de forma que o louco não seja mais um problema da sociedade, mas sim, um problema puramente do domínio cientifico. Com o surgimento da Psiquiatria e as mistificações da ciência, a loucura ganha casa e padrastos, por meio de discursos que a legitimariam como doença.
Durante o século XVIII, o fenômeno de exclusão para com os loucos tornase
muito mais evidente com as internações. Entretanto, é possível notar, que no final da
Idade Média quando os leprosários não recebiam mais doentes, surgiria um novo problema, uma nova forma de substituir os internatos para enchelos novamente de
“doentes”, este problema seria a loucura. No entanto, no século XIX a Psiquiatria toma as rédeas da loucura e, com as promessas de cura, justificaria as formas de asilamento: 1. Assegurar sua segurança pessoal e de sua família;
2. Libertálos das influencias pessoais;
3. Submetêlos à força a um regime médico;
4. Imporlhes novos hábitos intelectuais e morais.
Assim, denotase que estas justificativas estão imersas em um discurso de poder, ou melhor, questões de poderes voltados à própria relação institucional, onde se construiria um saber acerca da loucura em total domínio da medicina.