Saudi Menti 3

1375 palavras 6 páginas
Rafael Gava de Paiva NºUSP­ 7967210 Resenha: A casa dos loucos

Durante todo o decorrer da historia, pouca importância foi dada com a questão

do “insano”. Na Idade Média, tal problema era visto simplesmente como um erro, uma falha na razão. Porém com o advento da Idade Moderna, é possível observar o surgimento de um novo ideal que consiste na exaltação da razão. É a partir deste ideal de racionalidade, que o louco acaba se tornando um sinal de contradição nestes meios, de modo que já não é tratado como um mero erro, mas como uma ameaça á razão. No inicio a contemporaneidade, novas ideias, teorias e instituições, reforçam este discurso de forma que o louco não seja mais um problema da sociedade, mas sim, um problema puramente do domínio cientifico. Com o surgimento da Psiquiatria e as mistificações da ciência, a loucura ganha casa e padrastos, por meio de discursos que a legitimariam como doença.

Durante o século XVIII, o fenômeno de exclusão para com os loucos torna­se

muito mais evidente com as internações. Entretanto, é possível notar, que no final da
Idade Média quando os leprosários não recebiam mais doentes, surgiria um novo problema, uma nova forma de substituir os internatos para enche­los novamente de
“doentes”, este problema seria a loucura. No entanto, no século XIX a Psiquiatria toma as rédeas da loucura e, com as promessas de cura, justificaria as formas de asilamento: 1. Assegurar sua segurança pessoal e de sua família;
2. Libertá­los das influencias pessoais;
3. Submetê­los à força a um regime médico;
4. Impor­lhes novos hábitos intelectuais e morais.
Assim, denota­se que estas justificativas estão imersas em um discurso de poder, ou melhor, questões de poderes voltados à própria relação institucional, onde se construiria um saber acerca da loucura em total domínio da medicina.

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