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O vírus da hepatite G (VHD) foi identificado por um grupo de investigadores no laboratório da Genelabs Tecnologies na Califórnia, que determinou também a sua sequência genómica completa. Embora o seu significado patogénico não seja ainda totalmente conhecido, sabe-se que está associado com casos de hepatite aguda e crónica e que pode ser detectado na população de dadores de sangue. Transmite-se por via parentérica.
Devido às suas características genómicas, o VHG foi incluída na família Flaviviridae.
VIRIÃO
O virião do VHD é uniforme, esférico, com envelope e com 40 a 60 nm de diâmetro. Na superfície, existem projecções pequenas, de modo que esta parece rugosa. A nucleocápside é isométrica e de simetria poliédrica.
GENOMA
O VHG é um vírus de RNA de polaridade positiva. O seu genoma tem aproximadamente 9 Kb e codifica 2900 aminoácidos. Contém motivos altamente conservados, incluindo um motivo helicase, 2 motivos proteases e um motivo RNA polimerase dependente de RNA.
A análise do genoma do VHG mostrou que era semelhante aos Flavovírus na sua organização, motivos conservados e sequência de aminoácidos.
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4. VARIABILIDADE GENÉTICA DAS HEPATITES VIRAIS
A substituição de nucleótidos pode ter consequências importantes na patogénese, na imunoprofilaxia, na resistência aos fármacos e na persistência vírica.
Todos os vírus, em especial os vírus RNA podem alterar o seu genoma durante o processo de replicação dando origem a novas estirpes, estreitamente aparentadas com o vírus nativo, mas suficientemente diferentes para poderem ser considerados novos variantes. Se a mutação condicionar mais de 20% dos aminoácidos origina um novo genótipo, mas se as mutações apenas implicarem alterações de nucleótidos, com uma variação de aminoácidos inferior a 10% , a espécie resultante designa-se por quasisespécie. Tanto o vírus da hepatite B (VHB), vírus DNA, como o vírus da hepatite C (VHC), vírus RNA, são susceptíveis de sofrer mutações, mas