Saude publica
Proceder-se a uma avaliação das conquistas do SUS nesses quase doze anos de sua existência não é trabalho fácil, dada a complexidade e o tamanho da rede. Todavia, é possível apontar claros avanços em todas as áreas da saúde por meio de uma paulatina consolidação dos princípios que dão base a esse Sistema.
Apresentamos, então, uma avaliação acerca de cada um dos princípios que dão base ao SUS, quais sejam: a universalidade, a equidade e a integralidade nos serviços e ações de saúde, por um lado; e por outro seus princípios organizacionais que são a descentralização, a regionalização e a hierarquização da rede e a participação social. Vale a pena lembrar também a prioridade dada as ações preventivas como forma de promover a saúde e não somente a cura de doenças, como ocorria no passado. Essa representa a principal estratégia para a efetivação da saúde como qualidade de vida e não como o estado de ausência de doença.
4.1 O princípio da universalidade.
Segundo esse princípio a saúde é um direito de todos e é um dever do Poder Público a provisão de serviços e de ações que lhe garanta. A universalização, todavia, não quer dizer somente a garantia imediata de acessos às ações e aos serviços de saúde. A universalização, diferentemente, coloca o desafio de oferta desses serviços e ações de saúde a todos que deles necessitem, todavia, enfatizando a ações preventivas e reduzindo o tratamento de agravos.
Não obstante o acesso universal, eficiente, eficaz e efetivo aos serviços e às ações de saúde ser um processo em construção, onde há muito trabalho a ser feito, a cobertura e a oferta desses serviços e dessas ações vêm ampliando-se rapidamente. Prova disso são indicadores que dão conta de um considerável aumento na oferta de consultas medicas, cujo numero ultrapassa 2 (duas) consultas por habitante/ano; de internações hospitalares, que chegam a media de 7 (sete) para cada grupo de 100 (cem) habitantes/ano; dos atendimentos hospitalares para o parto que