Saude publica como direito a cidadania
Um dos maiores desafios para o Brasil neste início de século 21 é garantir a saúde para todos. Essa é uma condição básica para a cidadania plena, para todos os brasileiros. Não é admissível que apenas uma minoria tenha direito à saúde, em razão de seus recursos materiais e financeiros, enquanto a maioria continua distante de uma vida saudável. Se essa desigualdade permanecer, não teremos um país completo, digno do grande povo brasileiro.
Mas o que deve ser feito para que todos brasileiros, homens e mulheres, de todas as idades, tenham direito à saúde plena e de qualidade? Para podermos tentar responder a essa pergunta, devemos, em primeiro lugar, entender o que é, afinal, a saúde.
Como tem defendido a Organização Mundial da Saúde (OMS), por saúde não devemos mais entender apenas a ausência de doença. Saúde é algo mais amplo, é direito a uma moradia digna, à educação de qualidade, a uma cidade sem injustiças, sem poluição do ar, das águas, e é ainda o direito ao verde, ao contato direto com a natureza, é o direito à paz, em um mundo sem violência.
Enfim, para que todos cidadãos tenham saúde, devem existir as condições para que existam comunidades saudáveis. As comunidades saudáveis são as cidades saudáveis, pois é nas cidades onde moram as pessoas, onde elas vivem, têm suas relações, seu trabalho, sua família, onde amam e sonham com um futuro melhor.
Entretanto, para que existam cidades saudáveis deve existir, de fato, um sistema público de saúde forte. Sistema público de saúde é aquele conjunto de serviços, profissionais e unidades de saúde que dão a base, a sustentação para que as políticas públicas de saúde possam ter sucesso. Políticas públicas que atuem no ramo da prevenção de doenças, mas também que impliquem em bons serviços prestados nos hospitais, postos e centros de saúde, que devem estar aparelhados e em total condição para atender a população em caso de epidemias, de doenças