saude mental
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA
COORDENAÇÃO-GERAL DE ATENÇÃO DOMICILIAR
Caderno de Atenção
Domiciliar
Volume 1
BRASÍLIA – DF
2012
CAPÍTULO 5
O PAPEL DOS CUIDADORES NA ATENÇÃO DOMICILIAR
1. Introdução
O processo do cuidar em AD está interligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, a infraestrutura do domicílio e a estrutura oferecida pelos serviços para essa assistência. A AD não é só uma continuidade do procedimento da atenção hospitalar no amplo aspecto da abrangência da saúde humana. O ser humano se constitui quando tem em si a autonomia, e com isso possa exercer a liberdade de decidir ou executar.
O significado antropológico dessa condição comporta consideração sobre a vulnerabilidade, contida dialeticamente na existência humana como a outra página da autonomia (ALMEIDA, 2010). A atenção requerida não é somente sobre a vulneração dessa autonomia, como é mister num ambiente hospitalar. Comporta também a necessidade de um olhar sobre situações resultantes disso, na suscetibilidade à que se expõe pela característica intrínseca ou extrínseca da sua vida, bem como também a condição de fragilidade que passa existir. Ensejam isso em domicílio, envolvendo, portanto, o processo de viver, o próprio ambiente, dinâmica dos atores, condições socioculturais e econômicas (CERVENY, 2004).
Na promoção da autonomia, a atenção deve ser transversal, multiprofissional e interinstitucional. Desta maneira, a garantia da validação e sustentabilidade da dignidade existencial humana sobrepõe o modo de sobrevida biológica, a atitude e a atenção humana precedendo a competência e habilidade técnica, mas não as excluindo (BOFF, 2002). Para a efetividade do processo é fundamental o desenvolvimento de estratégias operacionais e educacionais, políticas, socioculturais e de gestão em todos os níveis de atenção à saúde para que concretizem de maneira articulada e compartilhada, com