saude coletiva
Na pessoa submetida a imobilização, ocorre um decréscimo de volume líquido circulante, concentração de sangue nas extremidades inferiores e diminuição da resposta autônoma. Esses fatores resultam no défice do retorno venoso, seguido de decréscimo do débito cardíaco, que se reflete numa diminuição da pressão arterial. À medida que a sobrecarga cardíaca aumenta o consumo de oxigênio também aumenta. O coração trabalha mais intensamente e com menos eficiência durante períodos de repouso prolongado. A freqüência cardíaca de uma pessoa saudável ativa aumenta 13% ao levantar-se do decúbito dorsal. Mas após três dias, uma semana e seis semanas de repouso no leito, a resposta da freqüência cardíaca aumenta em 32%, 62% e 89%, respectivamente. Durante períodos de restrição da mobilidade, a freqüência cardíaca em repouso aumenta cerca de um batimento por minuto a cada dois dias, levando à taquicardia por imobilização
O volume sistólico pode diminuir 15% após duas semanas de repouso no leito, uma resposta que pode estar relacionada com a redução no volume sanguíneo. O aumento da viscosidade do sangue, bem como a hipercalcêmica, aumentam consideravelmente a probabilidade de formação de trombos e êmbolos. A imobilização e o repouso no leito, associados à estase venosa dos membros inferiores e à diminuição do fluxo sanguíneo, aumentam o risco de trombose venosa profunda (TVP).
A TVP refere-se tanto à trombo flebite como à flebotrombose e está associada à tríade de Virchow, caracterizada por estase sanguínea, aumento da coagulabilidade do sangue e lesão da parede de um vaso; um destes fatores ou a sua associação podem conduzir à formação de trombos). Tem sido observada uma relação direta entre a freqüência de TVP e o repouso no leito. Em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC), que não deambula, a TVP é cinco vezes mais freqüente do que em pacientes que podem andar mais de 15 metros. Embora a primeira semana de