Saudade do futuro

1. Introdução

Vivemos em uma sociedade que esqueceu os valores morais para se relacionar com o produto, não mais com seus semelhantes. A moeda virou o deus mais consagrado do planeta, todos querem em quantidade, e quanto mais se tem, mais se quer. Os grandes possuidores desse “deus” são considerados os mais ricos, talvez. Levando em partido utópico, os mais ricos de “moeda” são por contradição os mais pobres. Não conhecem a si mesmo, não sabem mais de que matéria vem, tampouco tem algum vínculo com a natureza, tanto física espacial, quanto interior, ou seja, não sabem mais quem são.
O tempo faz parte do cotidiano da vida de todo mundo. Existe por lógica, pelo menos ilusória, de que o tempo é constante e dura somente no presente. Ou seja, temos a concepção de um passado, ao qual o tempo já permanece gravado porém não se pode mais chegar lá. O presente momento é aquele tempo em que os atos são controlados numa realidade, como se fosse um ambiente tridimensional, onde conseguimos enxergar aquilo que existe verdadeiramente dentro de toda e qualquer realidade. E o futuro é aquele tempo que ninguém conhece, todos querem chegar, mas não pode ser adiantado, é uma constante, em menos de um segundo chegamos no futuro em relação ao presente, ou seja é o momento que substitui o presente o tornando passado.
Todas as pessoas que vivem o presente idealizam um futuro, seja ele o futuro curto ou a longo prazo. Não podemos saber se o futuro que idealizamos é o que iremos ter, pois é incerto. Qualquer contratempo pode mudar levemente ou bruscamente um futuro. A quem diga que o futuro já existe numa realidade dimensional diferente da que estamos presenciando, porém ninguém pode saber ao certo, pois todos se encontram no presente.
Portanto, a sociedade vive aos passos lentos do presente. Ninguém, ainda, pode parar, acelerar ou voltar o tempo o máximo que podemos fazer é aprender com o passado, aplicar no presente para resolver o futuro. O fato de a sociedade ter desde os