Sartre
Jean-Paul Sartre nasceu em 21 de junho de 1905, em Paris. Aos dois anos de idade ele fica órfão de pai, que morreu de febre na Conchinchina, enquanto servia à marinha. Logo após a morte do pai, por decisão da mãe, os dois foram morar com os avós maternos. Seu avô, Charles Schewitzer, era um severo professor de línguas, e devido a sua rigidez acabou causando vários problemas na formação escolar do neto. Sartre cresceu sob a proteção da mãe e da avó e o autoritarismo do avô, o que fez com que o garoto vivesse isolado em meio a leituras precoces e intensas, tendo uma boa formação literária. Todos esses acontecimentos serviram de inspiração para que mais tarde ele escrevesse um livro autobiográfico titulado As palavras (1964), onde ele retratava a infância conturbada. Aos 19 anos de idade, Sartre ingressou seus estudos universitários no curso de filosofia da École Normale Supériore, onde conheceu Simone de Beauvoir, sua futura companheira. Durante esse período, o filósofo também firmou amizade com Paul Nizan, Merleau-Ponty, Raymond Aron e tantos outros que compartilhavam dos mesmos interesses que ele. Após concluir o curso de filosofia, em 1928, Sartre teve que prestar serviço militar como meteorologista em Tours, cidade situada na região central da França. Depois de cumprir a missão militar, começou a trabalhar como professor de filosofia numa escola secundária do Havre. Em 1933, se candidatou a uma bolsa de estudos no Instituto Francês de Berlin, e a conseguiu, onde durante um ano passou a estudar fenomenologia, entrando em contato com a filosofia de Husserl e de Heidegger. Com base nos novos estudos, em 1938 ele publica A náusea, e em 1939, O muro, utilizando-se em ambos os livros de uma temática existencial. Durante a Segunda Guerra Mundial, Sartre foi convocado para servir como meteorologista na Lorena, porém, durante o período de 1939 à 1944, a França foi ocupada pelas forças alemã, o que fez com que ele ficasse