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CONCEITO DE JUSTIÇA NA CONCEPÇÃO DE NIETZSCHE
CURITIBA – PARANÁ
2014
Friedrich Nietzsche é conhecido como um filósofo que teve na questão da moral seu principal tema, abordando os valores morais e sua influência na vida humana.
Contudo, não é mais um a buscar estabelecer as atitudes a serem consideradas boas e corretas que propiciem o bem vivera todos. Sua filosofia tampouco tem por finalidade conduzir o homem à virtude e ao bem comum. O rigor de seu pensamento filosófico o levou a um caminho praticamente oposto ao dos tradicionais filósofos moralistas que já existiram.
Diante de uma genealogia da moral, a metafísica não mais se sustenta. A crítica que Nietzsche faz à moral e à religião termina por se desdobrar na impossibilidade de se continuar acreditando em definições absolutas também para a determinação dos valores defendidos como justo se transforma, até mesmo, o entendimento sobre o que é a própria justiça ao lhe conferir também uma origem histórica e, portanto, humana. A crítica de
Nietzsche aponta para a ausência de sentido moral absoluto para a existência,com a consequência de não mais se poder falar também em um valor justo por si mesmo.
Nietzsche pensa a relação entre moral e justiça a partir do conceito de bom.
Haveria uma resposta universalmente válida para a pergunta:
“O que é bom?”. A filosofia tradicionalmente respondeu afirmativamente a essa pergunta, criando definições metafísicas e absolutas para estabelecer o que é bom como algo verdadeiro. Com a força da verdade um valor se tornava inquestionável, e a justiça, entendida como cumprimento de tal valor, tornava-se legitimada de forma absoluta. Contudo, o que a genealogia da moral mostra, contrariando as formulações usualmente aceitas, é que Nietzsche aponta para a criação dos valores.
Ao entender que o homem bom não é aquele que faz o bem, e sim, aquele que faz o que quer, abre-se a possibilidade para um mundo sem uma