Santo agostinho
Santo Agostinho
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Agostinho de Hipona nasceu em 354 na cidade de Tagasta, província romana da Numídia (atual região da Argélia). Patrício, seu pai, era um alcoólatra com perversões obsessivas e surtos de violência. Mônica, sua mãe, trocou o álcool pela salvação cristã e foi responsável por boa dose de opressão ao filho durante sua juventude.
Agostinho era um menino brilhante e seu pai, apesar de beberrão, havia guardado dinheiro suficiente para mandá-lo estudar em Cartago. Lá, ele viveu uma vida bastante depravada para um futuro santo. Frequentava bordéis, desenvolveu gosto pelo teatro e foi viver com uma mulher com quem teve “acidentalmente” um filho. Mas Agostinho não levava essa vida gratuitamente. Ele tentava se descobrir e encontrar as causas desse comportamento corrompido.
O jovem inquieto começou a se interessar pela filosofia, já que o cristianismo da mãe não lhe dava respostas satisfatórias. Ao voltar para casa, após quatro anos estudando e farreando em Cartago, além da amante e do filho, ele levava também a adesão ao maniqueísmo, seita cristã que acreditava que o mundo era o resultado do conflito entre o bem e o mal. Mas Agostinho não ficou muito tempo em sua terra natal e logo partiu para Roma. Começou a dar aulas e seu brilho intelectual logo o destacou. No ano seguinte já estava em Milão, que substituíra Roma como capital administrativa do Império Romano, trabalhando como professor de retórica.
Em sua estadia em Milão assistiu aos sermões de (Santo) Ambrósio, um dos expoentes intelectuais da cristandade. Ao ouvi-los, Agostinho descobriu que o cristianismo poderia ser abraçado por gente intelectualmente capaz e que a Bíblia tinha mais profundidade do que ele imaginava. Sua mãe o alcançou em Milão e tentou ajudá-lo em seu objetivo de obter “fama, dinheiro e casamento”. Para tanto, despachou sua amante de volta para a África e arrumou-lhe uma noiva. No entanto, ele