Sangue fresco
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A minha gratidão e apreço vão para as pessoas que acharam este livro uma boa ideia:
Dean James, Toni L. P. Kelner e
Gary e Susan Nowlin.
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E
sperava o vampiro há anos quando finalmente entrou no bar.
Desde que os vampiros tinham saído do caixão dois anos antes (como se costumava dizer com escárnio), esperara que um deles visitasse Bon Temps. Tínhamos todas as outras minorias na nossa pequena cidade. Porque não a mais recente? Porque não os não‑mortos legalmente reconhecidos? Mas o Norte rural do Louisiana parecia não ser muito apelativo para os vampiros. Por outro lado, Nova Orleães era um verdadeiro centro de actividade vampírica (ou não tivesse Anne
Rice escrito sobre o assunto).
A viagem de carro entre Bon Temps e Nova Orleães não era assim tão longa e todos os clientes do bar diziam que, atirando uma pedra na esquina de uma rua, seria quase inevitável acertar em alguém. Apesar de isso não ser aconselhável.
Mas eu continuava à espera do meu próprio vampiro.
Pode dizer‑se que não saio muito. E não é por não ser bonita. Por‑ que sou. Sou loura, tenho olhos azuis e vinte e cinco anos, as minhas pernas são fortes e o meu peito é considerável, com uma cinturinha de vespa. Fico bem na farda de Verão que Sam escolheu para as empre‑ gadas: calções pretos, camisola de manga curta branca, meias brancas, ténis Nike pretos.
Mas tenho uma deficiência. É assim que gosto de a referir.
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Os clientes dizem que sou doida apenas.
Seja como for, o resultado é que saía pouco. Por isso, as pequenas coisas positivas na minha vida têm um valor multiplicado.
E ele, o vampiro, sentou‑se numa das minhas mesas.
Percebi imediatamente o que era. Espantou‑me que mais nin‑ guém se tivesse voltado para o olhar fixamente. Não conseguiam per‑ ceber! Mas, para mim, a pele dele parecia ter um brilho ténue e foi assim que soube.
Poderia ter dançado de alegria e improvisei mesmo uma pequena