Transfusão sanguínea em pequenos animais
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA NA ROTINA CLÍNICA – REVISÃO DE LITERATURA
Canoas
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO
A transfusão sanguínea é uma terapia de uso freqüente na clínica de pequenos animais, pois proporciona aumento na capacidade de transporte de oxigênio e melhor hemostasia em pacientes críticos (KRISTENSEN & FELDMAN, 1997).
É indicada principalmente nos casos de anemia, hemorragia, coagulopatia e hipoproteinemia (HALDANE et al, 2004). Atualmente, a medicina transfusional busca, sempre que possível, fracionar o sangue total e transfundir individualmente os diversos componentes sanguíneos, prática não muito comum no Brasil, mas preferida mundialmente por permitir uma reposição mais específica dos déficits do paciente com diminuição dos riscos de reações transfusionais, além de permitir um aproveitamento mais eficiente do sangue dos doadores disponíveis (BISTNER & FORD, 1996; KRISTENSEN & FELDMAN, 1997). Esta revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar, de forma prática e objetiva, os principais aspectos que envolvem a hemoterapia em cães e gatos, sua indicações e riscos, técnicas de coleta, administração e conservação do sangue total e seus derivados.
TRANSFUSÃO SANGUÍNEA NA ROTINA CLÍNICA
1 Tipagem Sanguínea em Cães e Gatos
O cão apresenta cinco grupos sanguíneos compostos por sete determinantes antigênicos conhecidos com DEA (Dog Erythrocyte Antigen). São eles o DEA 1 com os subgrupos DEA 1.1, 1.2 e 1.3, DEA 3, DEA 4, DEA 5 e DEA 7. Os grupos DEA 6 e DEA 8 foram reconhecidos, mas, devido à inexistência de anti-soros para esses antígenos e à dificuldade na sua obtenção, estes não têm sido estudados (LACERDA, 2005). Segundo Kristensen e Feldman (1997), a transfusão com os tipos DEA 1.1 e 1.2