Saneamento
Hoje, infelizmente, cerca de 25% da população mundial sofre com a falta crônica de água, este precioso líquido composto de hidrogênio e oxigênio. E o que é pior: este percentual só tende a crescer. O Brasil é o país que dispõe das maiores reservas de água potável do mundo, mas muitas regiões ainda passam por enormes dificuldades de abastecimento. É sabido que o desmatamento desenfreado, a falta de saneamento básico, o enorme consumo hídrico de criadouros animais, lavouras e indústrias, contribuem para agravar o problema. Além disso, a falta de educação ambiental tende a tornar este quadro cada vez mais preocupante. O mais lamentável, no entanto, é que para enfrentar problemas tão complexos como este as autoridades brasileiras continuem, na maioria dos casos, despreparadas e omissas. Questões eminentemente técnicas devem ser discutidas e resolvidas por profissionais habilitados. É fundamental que os políticos, quando guindados a cargos que fujam à natureza de sua formação profissional, apóiem-se sempre no corpo técnico das empresas, evitando-se com isso desgaste desnecessário com decisões precipitadas e errôneas. Nesse aspecto, a nação vive um momento crucial: sem embasamento técnico, contratos de concessão municipal estão sendo rompidos, com fundamento apenas em interesses políticos regionais, comprometendo o funcionamento do sistema estadual como um todo, um prejuízo gritante para a maioria dos municípios brasileiros. Nosso país está passando por um momento nebuloso sem uma definição de uma política nacional do saneamento. A água é um bem precioso demais para ser usada como moeda política, principalmente nas vésperas de campanhas eleitorais. A sociedade brasileira precisa ser alertada e chamada a participar desta discussão, não de forma truculenta e improdutiva como foi feita nos últimos anos. O Planalto, leia-se o Ministério das Cidades, ainda não conseguiu finalizar um projeto de lei para tentar regulamentar