SANEAMENTO BÁSICO NAS COMUNIDADES DE BAIXA RENDA DE SALVADOR
DESCRIÇÃO E DADOS ESTATÍSTICOS Segundo a OMS, o saneamento básico constitui o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre seu estado de bem estar físico, mental ou social. Deve considerar cinco componentes: abastecimento de água com qualidade e quantidade para todas as pessoas; esgotamento sanitário; drenagem e manejo de águas pluviais; limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos e controle ambiental de vetores transmissores de doenças.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), colhidos no Censo 2010, revelaram que uma média de 30 mil pessoas em Salvador não tem acesso à rede de esgoto e distribuição de água. No que refere a esgotamento sanitário a porcentagem é de 85%, de acordo com o órgão oficial. Apenas 43% desse esgoto é coletado e somente um terço dele recebe algum tipo de tratamento. No Brasil, para cada 100 domicílios com acesso a abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e iluminação elétrica, existem 64 sem acesso. Esses indicadores representam muito bem o grau de desenvolvimento da país e apontam para futuros desafios.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) menciona o saneamento básico precário como uma grave ameaça à saúde humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada à pobreza afetando principalmente a população de baixa renda; mais vulnerável devido à subnutrição e muitas vezes pela higiene inadequada. Doenças relacionadas a sistemas de água e esgoto inadequados e as deficiências com a higiene causam a morte de milhões de pessoas todos os anos, com prevalência nos países de baixa renda. 88% das mortes por diarreias no mundo são causadas pelo saneamento inadequado. Destas mortes, aproximadamente 84% são de crianças (OMS, 2009), sendo, segundo a UNICEF (2009), a segunda maior causa de mortes em crianças menores de 5 anos de