sandel
Sandel inicia o capítulo falando sobre o contrato social, remetendo à ideia de consenso. O autor indaga a respeito desse suposto consentimento e comprometimento dos cidadãos com o contrato sicial. A partir daí, então, Sandel menciona John Rawls, abordando sua Teoria da Justiça (1971). Para Rawls, um consenso nem sempre é justo; não necessariamente garante a equidade do contrato. Sandel busca esclarecer essa ideia através de alguns exemplos (como o das figurinhas de beisebol e o da viúva com um vazamento no banheiro). Rawls propõe, então, uma espécie de contrato hipotético, produzido sob um “véu de ignorância”, no qual todos se encontram em uma posição inicial de equidade. A partir dela, devido às aptidões específicas inerentes a cada indivíduo, inevitavelmente ocorreriam as desigualdades, as quais só seriam aceitáveis quando proporcionassem benefícios aos menos favorecidos. Nisso se baseia o “princípio da diferença”. No capítulo, ainda, são analisadas quatro teorias diferentes de justiça distributiva (o sistema feudal ou de castas, a teoria libertária, a meritocrática e a igualitária). Rawls repudia severamente o mérito moral como fundamento da justiça distributiva, baseando-se em argumentos também explicitados no fim do capútilo.
CAPÍTULO 7
O sétimo capítulo fala a respeito das ações afirmativas, em especial as de caráter étnico. Tem início com abordagem de um exemplo no qual Cheryl Hopwood se sente lesada pela política de ações afirmativas da Universidade do Texas. A partir de então, são analisadas três razões relevantes em relação à questão: a correção das falhas nos testes padronizados (devido às diferentes condições nas quais se encontram cada candidato), a compensação dos danos causados no passado (injustiças históricas, marginalização de alguns setores sociais no passado, etc) e a promoção da diversidade (por meio da qual as universidades não devem levar em consideração o mérito pessoal dos aprovados, mas o propósito social ao qual a