SAMU
ENEGEP 2005 ABEPRO 4526
A logística no serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU)
Jorge Destri Junior (UFSC) destri@mbox1.ufsc.br
Amir Mattar Valente (UFSC) valente@mbox1.ufsc.br
Resumo
A eficácia do serviço de atendimento móvel de urgência é fator determinante para aumentar as chances de sobrevivência e recuperação das vítimas. Além do ato médico em si, existem vários aspectos relacionados à logística da operação (fluxo informacional, posicionamento de facilidades e deslocamento de viaturas) que são determinantes para o sucesso dessa atividade. Este artigo tem como objetivo mostrar como sistemas e modelos, aliados a tecnologia da informação, podem ser utilizados com o intuito de melhorar o desempenho do serviço prestado.
Palavras-chave: logística, urgência, atendimento, sistemas de informações, SADE
1. Introdução
O perfil da mortalidade se alterou ao longo das últimas décadas, tanto no Brasil, quanto no mundo. Se por um lado, a melhoria das condições sanitárias e os progressos da medicina reduziram as mortes por vários tipos de doenças, a massificação do automóvel, o sedentarismo e a violência urbana, dentre outros fatores, criaram ou acentuaram urgências médicas: traumas (acidentes de trânsito) e clínicas (acidentes cardiovasculares, por exemplo), que por sua vez levam ao óbito das vítimas (TANI, 2003).
Porém, muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se o atendimento à vítima ocorresse nos primeiros instantes após a ocorrência da causa da urgência médica, pois esse tempo é determinante para a sua sobrevivência (ELLIOT, 2000).
A dimensão desse fenômeno vai muito além do aspecto humano, da perda de vidas. No Brasil, segundo o IPEA (2003), os custos associados a essa perda chegaram a representar cerca de
0,34% do PIB do país, no mesmo ano.
A demanda crescente, deu visibilidade ao serviço de atendimento médico de urgência, que pode ocorrer