samu

1 INTRODUÇÃO

A história do serviço de atendimento móvel de urgência teve início quando médicos detectaram a importância do atendimento pré-hospitalar para aumentar as chances de sobrevivência das vítimas1. A primeira tentativa de organização moderna foi colocada em prática por Dominique Larrey (1766 – 1842) , cirurgião e chefe militar que praticava os cuidados iniciais aos pacientes vitimados nas guerras do período napoleônico no próprio campo de batalha, com o objetivo de prevenir complicações1.
Esse serviço aumentou no século XX com as guerras e fez diminuir o tempo de remoção das vítimas de quatro horas para 27 minutos na guerra do Vietnã. A partir deste fato, esta experiência é generalizada, especialmente para vítimas de lesões para causas externas em grandes centros urbanos2.
No ano de 1968, foram criados os serviços móveis de urgência e reanimação (SMUR), e unidades móveis hospitalares (HUM)1,3.
Depois de várias tentativas de programas, nasceu o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em 1972, na França1.
O serviço de atendimento pré-hospitalar, no Brasil, começou a se desenvolver no início dos anos 90, voltado principalmente para o atendimento de vítimas de lesões traumáticas e foi implantado de forma heterogênea nas grandes cidades. Em 2003, com o lançamento do Plano Nacional de Atendimento a Urgência e Emergência iniciou-se uma reformulação desse serviço, que passou a se chamar SAMU, abarcando também os atendimentos às urgências clínicas2.
O atendimento pré-hospitalar (APH) pode ser definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até mesmo a morte1.
O APH é relativamente novo no Brasil e visa à unificação da estrutura e melhora na assistência. Dentre eles, destacam-se os serviços pioneiros denominados “Grupo de Emergência do Corpo de