samba

Brasileiro que é brasileiro não pode escutar uma batucada que já sai dançando. Mas não são apenas os brasileiros que têm gingado. Os outros países da América Latina têm ritmos tão quentes quando o nosso samba, forró e axé. O mais interessante é que, assim como no Brasil, esses ritmos têm uma influência africana muito grande. Quando os negros chegaram às ilhas Caribenhas, por exemplo, levaram em suas bagagens tambores e danças religiosas. Para se divertirem, os escravos das colônias espanholas começaram a unir essas várias heranças culturais, criando a contradanza criolla, que misturava a contradança europeia com instrumentos musicais e expressão corporal de origem africana.
E que tal entrar no ritmo das músicas e danças latinas? A cumbia é uma dança colombiana conhecida como “dança dos escravos”. Para dançar se exige a máxima sincronia do par de dançarinos, que precisam manter os pés de um na frente dos do outro durante todo o bailado. Já o merengue tem suas origens no Haiti, mas conquistou os salões de países como República Dominicana, Venezuela e Colômbia. A estrutura musical baseia-se em instrumentos de corda, como o violão, percussão e acordeão. A dança, que sofreu grande influência africana, tem movimentos ritmados dos quadris.
E a salsa? Mais latino que ela não há. Mas existe uma curiosidade que pouca gente sabe. Apesar de ser um dos ritmos que mais representa a cultura latina, ele surgiu em Nova Iorque na década de 60. Foi o músico porto-riquenho Izzy Sanabria quem teve a ideia de unir vários ritmos cubanos ao jazz para criar um som que agradasse aos imigrantes de língua espanhola que viviam nos Estados Unidos. Outra dança que conquistou os salões americanos foi a conga. Apesar de ter nascido como um ritmo para brincar na rua, como no nosso carnaval, a conga ficou conhecida nos Estados Unidos como dança de salão por conta do músico e ator cubano Desi Arnaz, marido da comediante Lucille Ball e co-astro da série de TV I Love Lucy, na década de 30.
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