Samaria
Os samaritanos são popularmente conhecidos como um povo rejeitado pelos judeus.Talvez pela famosa parábola do “bom samaritano”, ou pela história da conversa de Jesus com uma mulher à beira do poço em Samaria (Jo 4). Essas referências neotestamentárias aos samaritanos deixam a impressão de que eles seriam um povo totalmente diferente dos judeus. “Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?”. Entretanto, historicamente podemos ver que eles eram muito próximos. Talvez mais próximos do que gostariam de admitir. “És tu maior do que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e os seus filhos, e o seu gado?” Então quais seriam as razões para esta discriminação?
A história de Samaria
A cidade de Samaria foi construída por Onri, sexto rei de Israel, que reinou de 885 a 874 a.C. A partir de então esta cidade passou a ser a cidade do Reino do Norte até a sua queda em 722 a.C. O texto bíblico explica que este nome deriva de “Semer”, nome do homem de quem Onri comprou por dois talentos de prata o monte no qual construiu a cidade.
Com o passar do tempo, passou-se a chamar de Samaria não só a cidade, mas a todo o território das dez tribos que formavam o reino do norte, como podemos vem em I Rs 13.32 “(…)as casas dos altos que estão nas cidades de Samaria.”
A cidade de Samaria foi edificada a meio caminho entre o Jordão e o Mediterrâneo, a 12 km a noroeste de Siquém. Estava em uma localização estratégia para a defesa militar e foi muito bem fortificada. Escavações arqueológicas comprovaram a existência de três muralhas: uma em torno do palácio e do pátio, outra em torno de um terraço mais abaixo e outra no início da colina. Além disso, a prosperidade econômica no reinado de Onri permitiu o rápido desenvolvimento e embelezamento desta cidade.
Os samaritanos são popularmente conhecidos como um povo rejeitado pelos judeus. Talvez pela famosa parábola do “bom