Sala de leitura
MIRIAN MENEZES DE OLIVEIRA (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO).
O presente artigo pretende esboçar a estrutura do Programa Sala de Leitura da
Rede de Ensino Municipal de São José dos Campos, originado em 1984, na Escola
Municipal Palmyra Sant’anna, localizada à Av. Juscelino K. de Oliveira, 6907. Vila
Industrial – São José dos Campos, SP e hoje se estende a trinta e oito unidades escolares, atendendo ao público aproximado de 35.540 alunos. Ao longo de sua existência, experimenta um processo de expansão em relação ao atendimento e beneficia as escolas, nas quais foi implantado. Constitui-se em centro polarizador de cultura e espaço de estimulação à leitura, garantindo a “hora do conto”, no quadro curricular das unidades escolares, inserindo-o em 01hora/aula de Língua Portuguesa, na qual o professor específico da Sala de Leitura atua em conjunto com o professor da classe. A “hora do conto” é de extrema importância para o sucesso do Programa.
Ilustramos a riqueza desse momento, citando PRIETO (1999):
“No dia-a-dia, é como se nossas vidas pertencessem a uma dimensão e as aventuras, histórias e contos de fadas, a outra. Em parte, isso é verdade. Como dizem os aborígines australianos, as histórias pertencem ao mundo dos sonhos.
Porém acrescentam que nosso mundo foi inteiramente sonhado, antes de ter existido. Portanto, contar uma história é resgatar o próprio destino: descobrir a que sonho pertencemos e encontrar caminhos para a própria vida.” (p. 09)
Tomando como ponto de partida a colocação da autora, afirmamos que a “hora do conto” constitui-se no ponto forte do Programa, transformando a Sala de Leitura em um espaço de cultura e de “magia”, onde a linguagem oral assume seu papel, no desenvolvimento da competência leitora e na construção de conhecimentos. Para
“transver” o mundo e “aprender a conhecer” os fatos e a vida, faz-se necessário o estabelecimento de conexões entre as diversas esferas de conhecimento