Saia do Facebook
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20/04/2010 08:53
Saia do Facebook
Por que as redes sociais podem ser perigosas
Luís Antônio Giron
Luís Antônio Giron
Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV
Não quero ver você no Linkedin. Vade retro, Orkut! MySpace? Estou fora. Não pretendo seguir nem Deus nem Lady
GaGa pelo Twitter. Me exclua do Sonico. Xô, messengers do gmail, da Microsoft e do Yahoo! Eu quero que você saia do Facebook. E assim por diante, se me esqueci de alguma rede social, saibam que não são bem-vindas. Que diabo, livre-se delas. Pratique o desapego e vá nadar, correr, ler, tocar música, jogar bola... Faça qualquer coisa, mas não se escravize a um monitor de netbook ou smart phone. Tenho a coragem de ser racional e rompa com a veneração às máquinas, aos signos digitalizados que piscam até no seu inconsciente. Quero tirar você desse lugar - para citar o Odair
José. Ou como diria ou aprovaria o antigramático Ataliba T. de Castilho: “menas”, por favor!
A esta altura de minhas imprecações, o leitor deve pensar: lá vem o tecnófobo outra vez me importunar com conselhos ultrapassados. Olha aí o chato romântico de novo a brandir seu tacape contra nossos iPods e iPhones, tentando manchar mais uma vez as convicções dos homens de boa vontade digital com palavras ditas na velha ortografia, no tom fora de moda dos catedráticos cabeçudos.
Mas a verdade é que, há dois parágrafos atrás, eu me olhava no espelho para tentar reverter a dependência das redes.
Sim, confesso que me tornei um viciado em todos esses sites de relacionamento. Frequentei todos feito um cego que pede esmola na feira das vaidades, o libertino que anseia por aventuras virtuais, o leproso que suplica por um elogio ou uma palavra amiga, o exibicionista que faz upload de fotos, a aranha que tece fantasias de perpétuo socorro. Tuitei